sexta-feira, 2 de março de 2018

2017 não existiu!

Nenhuma postagem neste blog em 2017! Também, que ano, hein? Para cariocas e fluminenses, então, nem se fala. Foi um ano especialmente difícil para mim. Fiquei sem vontade de escrever. Na verdade, estou até forçando um pouco a barra para escrever agora. Ressaca de 2017? Talvez ...

O ano de 2018 promete, e os políticos também. Afinal, é ano de eleições e promessas não vão faltar. A minha impressão é que nem o melhor analista político consegue, neste momento, vislumbrar com o mínimo de certeza como serão essas eleições. Que analista arriscaria um percentual de votos brancos, por exemplo? Ou nulos?

Mas 2018 também será o ano da Copa! Sem a Itália, e na Rússia. Italianos e russos podem ser tão exuberantes quanto brasileiros. Viram o último debate para a presidência da Rússia? Uma das candidatas jogou água na cara do candidato da ultra-direita. O que significa ser ultra-direita num país que foi a maior república da antiga União Soviética? O que será que ele defende? A volta dos gulags? E o que será que defende a candidata nervosa? Um alinhamento com Trump? Rock and Roll para todos? Mas isso o Putin já não faz?

Em 2017 o mundo nos deu Trump. Em 2018 poderá nos dar Jair Bolsonaro. Ou Geraldo Alckmin. Já imaginaram a Marina Silva jogando suco verde na cara do Jair? E ele gritando que não a estruparia (sic!) porque ela é feia!

Há um patético no mundo que insiste em ficar. Meninas que lutam contra a misoginia não se importam em balançar a bunda ao som de funk nas portas das universidades. Professores universitários liberais resistem a incluir seus nomes em abaixo-assinado contra a intimação policial de um pesquisador de 87 anos que dedicou toda a sua vida ao estudo dos efeitos terapêuticos da cannabis sativa.

Toda essa incoerência é normal num mundo onde o cinza predomina. Não há mais preto e branco (e eu me arrisco aqui a ser chamado de racista!). Eu acho que isso confunde o ser humano, na medida em que evoluímos, desde a savana africana, ou antes dela, seguros por reconhecermos padrões. Cheiros, sons, visões, calores e frios que tinham significados precisos, sinalizando perigos e situações de segurança. O mundo cinza de hoje exige muito mais reflexão. Discernir entre o que fazer e o que não fazer ficou muito mais difícil. Em quem votar e em quem não votar. Por que as mensagens que nos chegam é que é errado bater em mulheres, perseguir negros e homossexuais e explodir sinagogas, igrejas, templos e terreiros. É muita informação. Não seria mais fácil trocar isso tudo por uma mensagem mais simples? Aquela que nos lembra que devemos respeito a todos (todos é todos, inclui todo mundo, maiorias e minorias) e que nossos direitos são limitados não pelos direitos dos outros mas pelos nossos deveres, aqueles que devemos observar para continuarmos a caçar juntos na savana.

Até a próxima.

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