quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Me empolguei.

Pronto: me empolguei. Uma postagem leva a outra. Uma bobagem, também, todo mundo sabe. É só lembrar das eleições no Brasil. Para não correr o risco de ver o Garotinho eleito, fiz uma bobagem: votei no Pezão. Aí, o processo eleitoral me obriga a repetir a bobagem, uma vez que Crivela, também não dá. Se o Pezão dá? Eu não sei e não julgo, afinal não votei no Levy Asterix prá presidente! Troquei essa bobagem por outra: votei no Boécio Neves, o melhor governador de Minas Gerais desde Tiradentes. Mas por que eu fiz essa bobagem? Para não fazer outra maior, que seria votar na Marinada Silva e, indiretamente, eleger Dilma no primeiro turno. Voto útil numa eleição de inúteis. A Assembleia Legislativa do Rio continua a mesma Galeria dos Horrores. Tivemos Shewry Stony, do PSB (não, não é a atriz da cruzada de pernas!) que não foi eleita, afinal recebeu apenas 1 voto. Intrigantes são os casos de Lea Mello (PC do B) e Rosinha (PSL) que não receberam voto algum e, portanto, também não foram eleitas, à semelhança de Edino Fonseca (PEN), a despeito dos seus 32.469 votos (mais que os últimos 19 dos 71 eleitos para a assembleia). Considerando-se os nomes de urnas, pode-se concluir que criancinhas (Tio Carlos e Tia Ju), radialistas (Cidinha Campos), apresentadores de TV (Wagner Montes), jogadores de futebol (Bebeto), policiais (Delegada Marta Rocha), empresários suiços (Marcus Vinícius Neskau) e enfermeiros (enfermeira Rejane) elegeram seus candidatos. Outros setores importantes da sociedade, como emissoras de TV extintas, farmácias, peixarias, padarias, ambulantes, pet shops e bazares também tiveram candidatos com votação expressiva, embora não eleitos, como Mazinho da Farmácia, Dinho da Farmácia (não ficou claro se eram da mesma rede), Tuninho da Padaria, Nando dos Vasilhames, Letícia Pires do Megafone, Blandino O Pipoqueiro, Alex Peixaria, Marquinho do Peixe, Perazo Animal e Cinesio da Tupi, por exemplo. Houve, também, os que ameaçaram, como Dé Vem Aí! e Kaká Vem Aí! que acabaram não vindo (ou como diria um ex-jogador do Botafogo, acabaram não fondo!). Olha, pegando a lista dos mais de 1700 candidatos à assembleia legislativa do Rio, entre eleitos e não eleitos, encontraríamos ligações genéticas (Piccianis, dentre outros), gastronômicas (Valdir Pão Com Ovo e Geraldo Pudim) e muito mais. Houve os que optaram por nomes de urnas simples (Osório, Lucinha, Waldeck, Zito, Comte, Zaqueu e Zedan, que foram eleitos), complexos (Kaká Esse É Nosso Irmão, não eleito) ou de duplo sentido (Dibruço e Parrola Neles, não eleitos). Sorte mesmo foi ter tido Romário candidato ao Senado, que deu uma tremenda surra no César Maia, Lílian Sá e sei lá quem mais. Quatro milhões e setecentos mil votos. Não tem jeito: agora é Romário Presidente!

Distração!

Pessoal, mas o que é isso? É só eu me distrair um pouco, parar de postar no blog e vocês fazem o quê? Leem o que eu escrevo! É inacreditável. Vinte pessoas leram minha última postagem (12 de abril de 2014), o que é um desafio aritmético, já que eu não tenho 20 leitores e me parece impossível que alguém tenha lido a mesma postagem mais que uma vez. Descobri, também, que tenho 3 seguidores. Eu falei três! O que me obriga a confessar algo para eles: não me sigam; eu estou perdido! Mas hoje é dia dos professores (15 de outubro) e senti uma vontade louca de desejar aos meus colegas ... desejar... desejar ... um Feliz Dia do Servidor Público! Notaram? Nas universidades brasileiras o dia do professor não é um feriado, mas o dia do servidor público é. Incrível. Agora, quando me perguntarem: qual a sua profissão? Resposta: funcionário público. A coisa está tão braba que hoje, dia dos professores, participei de uma reunião com vários professores na universidade onde trabalho e nenhum deles desejou ao outro um Feliz Dia dos Professores. Quando eu deu um parabéns para o colega que estava sentado ao meu lado, ele disse: mas hoje não é meu aniversário! Nem os professores se reconhecem mais como professores. Será distração? Todos jogaram a toalha? Mas, então, porque há um enorme debate hoje nas universidades públicas quanto aos critérios de progressão funcional ao cargo de professor titular? A coerência impõe que o debate fosse em torno da progressão para Funcionário Público Titular. Nesta mesma reunião, uma colega me perguntou se eu não achava que a participação de um professor num programa de pós-graduação não era uma decisão pessoal. Afe! Pai, afasta de mim esse cálice! Decisão pessoal? Mas nós, funcionários públicos tipo professores não somos pagos para nos dedicarmos à misteriosa trindade Pesquisa-Ensino-Extensão? E, em caso afirmativo, a pesquisa não está diretamente vinculada à pós-graduação, o que torna pesquisa quase sinônimo de pós-graduação na vida acadêmica brasileira? Então, que decisão pessoal é essa, cara pálida? Como diria o glorioso Ancelmo Góes, decisão pessoal é o cacete! Vamu trabaiá, moçada.