sábado, 12 de outubro de 2013

Sequência.

Depois de ler o Príncipe Maldito e Castelo de Papel (sobre os quais já bloguei antes), acabei de ler 1889, do Laurentino Gomes (também autor, como vocês devem saber, de 1808 e 1822).

Foi uma boa sequência de leitura, porque os três livros relatam o fim do império e início da república no Brasil.

É interessante também, porque dois destes livros são da Mary Del Priore, e há relatos de acontecimentos que, obviamente, também aparecem em 1889, do Laurentino. Aí, a gente pode observar visões diferentes (nem sempre) dos mesmos fatos históricos.
 
Para quem gosta de História do Brasil, os três livros são muito bons. A narrativa sobre Gastão (o Conde D´Eu) nesta fase de transição é muito interessante e revela uma personalidade que varia desde o marido amoroso até o sádico comandante na Guerra do Paraguai.
 
O livro também nos revela uma Princesa Isabel carola, bem diferente da Redentora (título que lhe foi atribuído por um futuro republicano!) que aparece nos livros de escola. Há também um D. Pedro II indeciso, cansado e turrão. Um Marechal Deodoro que foi literalmente acordado no meio da noite e retirado da cama onde convalescia das doenças trazidas das perseguições ao sanguinário ditador Solano Lopez nos últimos momentos da Guerra do Paraguai para proclamar a República. E um Floriano Peixoto caserneiro, avesso à socidade, que preferia morar num casebre mal ajambrado onde, certa vez, foi flagrado comendo de cócoras no melhor estilo caboclão,  e tornou-se o primeiro ditador militar a presidir a república brasileira ao assumir a presidência após a morte de Deodoro da Fonseca, de quem era vice-presidente. Já nasceu torta a nossa frágil República.
 
É isso aí.
 
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Até a próxima.

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