domingo, 3 de março de 2013

É do caraça!

Fiquei distante, num trabalho na região do Quadrilátero Ferrífero, MG. Passei boa parte do tempo hospedado em Catas Altas, tendo como paisagem de fundo a Serra do Caraça. A última vez que tinha estado lá eu tinha 19 anos. Incrível como ainda me vinha à mente uma cor cinza azulada cada vez que alguém me falava daquela serra. Cinza que eu revi, agora. A serra é imponente, camaleônica com o passar das horas; impressiona (imprime na memória do visitante recordações decenais). Houve trabalho, houve congraçamento, conheci gente nova e boa. E houve a visita ao seminário, onde eu nunca tinha estado antes. Seminário ou santuário, ou colégio, tanto faz. É a paz. É a história, que impregna a alma e o corpo de quem atravessa seus corredores e pátios. Ao fim, fui à lojinha. Sempre há uma lojinha. Havia três livros. Eu sempre procuro os livros. Comprei os três. Um deles (Serra do Caraça) foi organizado por um Christiano Ottoni. O nome me chamou a atenção. Eu tive uma pneumonia aos 15 anos de idade. Fui tratado por um médico com esse nome. Christiano com CH e tudo. Ele era filho de uma família mineira, com muitos filhos. A irmã dele, Adélia, era colega de turma de uma vizinha minha e foi por intermédio dela que eu acabei sendo tratado por ele. Anos mais tarde, quando eu cursava a graduação em Geologia na UFRJ descobri que Christiano era casado com uma geóloga que trabalhava lá e que viria a ser minha professora. Encontros e coincidências da vida que me trouxeram à memória momentos felizes da minha juventude. Estava tudo lá, impresso. E o Caraça revelou!

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